FIM DO MUNDO
Fim do mundo
Quando o último suspiro
do mundo se fizer em vento,
abraçar-te-ei em suave retiro,
dormiremos serenos ao relento
sentindo a brisa que acaricia
bem mansa a pele do rosto,
a última estrela que no céu brilha
se despedindo a contragosto
e ver o escuro tomando conta
até do mais forte feixe da lua
numa realidade que se desmonta
deixando os corpos caidos na rua
E se lembrar que valeu a pena
ter vivido uma vida tão bela,
deitado nos braços da minha pequena
ver que o mundo começou e terminou com ela
Hermes Dalvia Filho
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