ALGOZ ATROZ

Algoz atroz

Me arrastava,
Com os pés no chão
E com a mente feito um turbilhão
O rastro de pegadas debilitadas foram fincadas
A margem do escasso mar de serenidade
As algemas enlaçadas em meus pés
Machucaram o meu rumo
Eu ia andando pela areia
Sem olhar para nenhuma direção
Às vezes,
Uma hora de sossego
E as vinte três seguintes de desespero
Fui ficando corroído pela dura realidade
Meus pés já não eram firmes para suportar tão grande jornada
Pálido, franzino e débil
A minha alma adoecia, em um leito ela foi jogada...

Abatido e sem perspectiva
Chegou um momento que eu me repuxava, me sacudia
Mas nada acontecia...
A morte era consequência
E eu era escravo da penitência
O meu algoz era o meu vício
Vício ingrato...
Me sugou a essência de uma grande parte de minha vida...
Carrasco que ceifou um membro do corpo de minha família....

Felippe Lacerda

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